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LÁZARO, UM DOENTE OU UM “CABRA RUIM?”

LÁZARO – UM DOENTE OU UM “CABRA RUIM?”

 

“Nada é tão evidente [quanto ser a paixão a detentora da malícia no adultério]. Vejo já não ser mais preciso longos discursos para me convenceres do mesmo [de que é na paixão que se encontra a maldade] a respeito do homicídio, do sacrilégio e, enfim, de todos os outros pecados. Com efeito, é claro que em todas as espécies de ações más é a paixão que domina.”

(De Libero Arbitrio, L. I, 1ª P., Cap. 3) Sto Agostinho.

Temos uma infinidade de autores que falam sobre a maldade humana, este adjetivo nato do ser-humano.

A psicologia divide a maldade em 5 níveis e a medida que a maldade escala, vem dificultando seu grau de reversibilidade:

Nível 1: Falta de consciência, falta de noção: A criança é pega arrancando as pernas de um grilo e achando engraçado ele não conseguir ficar de pé e um adulto vendo aquilo diz: Coitado do grilo, ele está sentindo dor, imagina se arrancassem as pernas do seu papai coitado. Imagine que este papai grilo precise levar alimentos pros seus filhos grilinhos, e agora que você arrancou as pernas dele, ele não pode mais. A criança provavelmente vai entender e dizer que está sentida, tentar colocar as pernas do grilo de volta e não fazer mais isso… ou o próprio bullying entre adolescentes que brincam com o defeito do outro, sem se dar conta do mal que estão causando; mesmo adultos que zombam e excluem o outro por motivos fúteis e que fazem muito mal ao outro. Este é um nível que se for abordado corretamente e na hora certa, as pessoas caem em si, existe um grau de empatia que as faz reverter a situação.

Nível 2: A maldade cometida por Egoísmo desmesurado e ambição: Onde a pessoa é capaz de fazer mal ao próximo para conseguir seu objetivo, seja numa relação de paixão entre homem e mulher, seja numa relação de trabalho onde pra conquistar o cargo almejado a pessoa passa por cima do outro. Causar dano ao outro, não é aqui o objetivo da pessoa, o objetivo é o cargo, mas pela ambição afeta o outro, o dano é efeito colateral, não é meta.

Nível 3: O fanatismo: como o os terroristas, que acham que por um bem maior terão que sacrificar vidas, nas seitas com sacrifícios de animais e até humanos como era mais comum no passado, mutilações de membros, as touradas, ainda hoje em algumas tribos indígenas, que quem está dentro do fanatismo, entende como normal, como cultural, mas quem está fora percebe a malignidade dos atos.

Nível 4: Ciúme, inveja e desejo de vingança: Aqui, a meta de fato é destruir o outro puramente. Machucar o outro seja fisicamente ou emocionalmente. O destruir o outro visando pelo menos empatar o jogo, quando alguém é mais bonito, mais querido, mais capaz. É entrar também na seara do olho por olho, dente por dente. Já que ele fez isso eu farei pior. Existe até uma frase que diz: Quando é pra ser bom, eu sei ser bom, mas quando é pra ser mau, eu sou muito melhor.

O fato é que nos 4 níveis acima, as pessoas ainda tem um nível de recuperação, pois apesar do ódio, o ser ainda sabe o que é o amor. A destrutividade é uma resposta a própria dor, é fazer mal ao outro, pra que ele sinta a mesma dor que outrora sentiu.

Nível 5: A psicopatia: onde o prazer está em ter o poder absoluto sobre o outro, em restringir o espaço do outro, independente de quem seja a pessoa, não é movido por desejar o cargo do outro, também não sofreu nada anteriormente por ela, que justifique a contrapartida, simplesmente quer exercer a supremacia sobre o outro, independente de quem seja o outro. O outro vira marionete nas mãos dele, ele manipula, ele domina, e num nível acima, sente prazer na dor do outro, se apraz com o sofrimento do outro como é o caso do estuprador que comete o ato, pelo sofrimento do outro, quanto mais gritos e sofrimentos, mais prazer. Importante frisar aqui, que existem psicopatas também escondidos em palácios, em instituições, ou seja, nem todos atuam fora da lei, o importante é exercer poder. Sejam em empresas privadas ou públicas, juízes, comandantes, que não cometem crimes, agem dentro da lei.

No nível 5, quando são descobertos, assumem sem demonstrar arrependimento, justificam como um direito sagrado.

Caso você se depare com um ser desses no seu local de trabalho, evite-o, mas se não for possível, jogue luz sobre ele e enfrente-o junto a outras pessoas, convoque aliados e nunca o enfrente só.

Destaco que todos nós temos algum grau de malignidade, seja de “falta de noção”, “egoísmo”, “fanatismo”, “ciúme, inveja ou desejo de vingança”, e diria que até uma dose de psicopatia.

Daí a importância de nós, pais, corrigirmos logo no início esses traços de maldade, isso se chama EDUCAÇÃO, na escola é escolarização, o nosso papel como pais é educar e podar nossos filhos nesse sentido, este é nosso dever.

Voltando ao título, Lázaro é um “cabra ruim”, um sujeito que infelizmente, se dependermos na nossa justiça como está hoje, mesmo que capturado o veremos em breve de volta a sociedade, de forma legal, no sentido jurídico, e se abatido,  resolverá um problema, mas não resolverá uma causa escondida em diversos “Lázaros” beneficiados com esse sistema falido e que em nada nos protege como cidadãos.

Pense nisso! Eduque sempre.

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