Existe uns memes, de bebês recém-nascidos que dizem: “ih, nasci pobre de novo”! “Ah não, meu pai é um Zé droguinha e minha mãe só tem 12 anos”? “Ah não, nasci no Brasil”? Esses memes me matam de rir. Quando pegam o rostinho do bebê, e adicionam uma frase como essas acima, formam um contexto muito engraçado. Acontece que essa comédia, nos põe pra refletir também. Por que nascemos onde nascemos, nas condições que nascemos, na família que nascemos?
Podemos parar na vida e filosofar sobre isso, por horas. Encontrar milhões de justificativas e motivos até para nem acreditarmos mais em Deus. Podemos nos achar injustiçados, maltratados pela vida e pelas pessoas à nossa volta. Podemos ainda, nos sentirmos vítimas ou nos fazermos de vítima. Que mundo cruel! Acontece que nada disso nos faz melhorar nem nos ajuda a progredir. O mundo não nos deve nada! Tudo tem um porquê.
A verdade é que temos muito mais pra agradecer, temos muito mais do que merecemos e todas as dificuldades só servem para ficarmos ainda melhores. “No pain, no gain”. Sem dor, sem ganho. Nosso cérebro funciona assim, nosso coração funciona assim, nossos músculos funcionam assim, mas nós fugimos de tudo isso, o tempo todo. Não queremos fazer exercício porque cansamos e temos preguiça, mas queremos ficar fortes e saudáveis; não queremos comer bem, porque temos que abrir mão de gorduras e açucares, especialmente quando combinados, hummmm, sorvete é gordura e açúcar, combinação que não existe na natureza e agrada o nosso paladar, mas queremos ficar magros e saudáveis; não queremos estudar, sermos questionados, colocados à prova, confrontados, porque cansa, dói, mas queremos passar no concurso ou numa prova qualquer; não queremos pensar, mas queremos ser mais inteligentes; não queremos amar, porque podemos sofrer, mas queremos ser amados.
Então, se eu sofro eu tomo um remédio, se eu estou ansioso eu tomo um remédio, se eu estou depressivo eu tomo um remédio, se perdi um ente querido, eu tomo um remédio, se eu quero dormir eu tomo remédio, se eu quero acordar, comer, não comer, estudar, trabalhar, fazer sexo… e quando tudo isso (nossa existência) estiver acabando, será que iremos nos reconhecer? Não estou dizendo aqui, que a necessidade de se tomar remédios não exista. A medicina está aí pra isso e você, quando precisar, deve consultar um médico.
Todo esse fenômeno é facilmente explicável quando vamos ao mercado e compramos morango, mesmo não sendo época de morango, compramos suco em caixinha que duram meses sem estragar, compramos ovo em pó, aspartame, quando não precisamos mais nem andar até o ponto de ônibus e pedimos um uber na porta de casa, quando não vamos até a pizzaria, a pizza vai até você, quando o meu trabalho já é em casa e não preciso me deslocar, muito menos me relacionar com alguém fisicamente e passamos a achar tudo isso normal.
O processo natural vai se acabando. Você já não precisa esperar o ano todo pra comer morangos, não precisa se relacionar com as pessoas, muito menos saber dos problemas delas, não gastamos a energia necessária pra nos locomover, não nos alimentamos de forma natural, não precisamos comandar nossos impulsos por nós mesmos e “de luto ficava a sua avó”, hoje eu me emboto por uma semana e depois penso a respeito da morte.
Hey…seja grato acima de tudo! Olhe sempre para o próximo, isso te faz mais humano! Use coisas e ame as pessoas, e não o contrário. Passe pelos processos, assim como a natureza sábia, entendendo que todos os alimentos que duram mais, faz você viver menos e todos os produtos que duram menos, faz você viver mais. Trabalhe feliz! Afinal, você está onde deveria estar, fruto de suas escolhas. O mundo não lhe deve nada! Faça além do que te pedem, estude mais do que pensa que precisa, ajude mais do que é ajudado e não queira agradar todo mundo. Pense nisso e viva mais e melhor!