O que um pensador faz? Para que serve a liberdade de pensar? Qual a necessidade que temos de questionar? Um professor dá aula, um médico cuida da saúde das pessoas, um dentista cuida dos dentes das pessoas, um advogado cuida dos direitos das pessoas… mas o pensador, Pensa?
Penso, logo existo. “Puisque je doute, je pense; puisque je pense, j’existe” , Descartes acreditava que duvidando estava pensando e por estar pensando, ele existia. Da mesma forma Sócrates, que acreditava que os homens mais inteligentes da época, eram professores, mas entendeu que professores quando questionados, não conseguiam responder nada, porque tudo o que fizeram foi decorar, logo, Sócrates era visto como um dos homens mais inteligentes até hoje, porque questionava e buscava respostas para tudo. Para ele, a filosofia era como a profissão de sua mãe, parteira, que dava luz a uma criança, e ele, como filósofo, trazia a luz o conhecimento, daí o nome FILOSOFIA, que significa amor pelo conhecimento. É a diferença entre ensinar e educar. Quando questionamos, fazemos o outro pensar, conseguimos extrair o máximo do outro e melhorá-lo, obrigando o outro a decorar, desenvolvemos muito pouco, ou quase nada das pessoas.
Na história tivemos vários filósofos, vários pensadores que contribuíram muito para o mundo que vivemos hoje, tais como Friedrich Nietzsche, Santo Agostinho, São Tomas de Aquino, Platão, Kant, Aristóteles… pensamentos sobre o universo, sobre ética, sobre não aceitar as coisas como são primeiramente, sobre política, até porque, vários desses filósofos eram matemáticos, médicos, teólogos, físicos… seu pensamento era abrangente e questionador.
Hoje em dia, também temos grandes filósofos, no Brasil temos o professor Mario Sérgio Cortela, a professora Lúcia Helena Galvão, Pondè, Karnal, Clóvis de Barros Filho, pessoas com pensamentos sensacionais, com uma mente estupenda e que nos traz a luz pensamentos sobre a pandemia atual, sobre como tratar o próximo, se colocar no lugar, sobre ética, sobre política, sobre Deus, sobre cultura, sobre viver uma vida que valha verdadeiramente a pena e em sociedade.
Minha pergunta então pra você é: você tem procurado se questionar ou está seguindo o fluxo, sem se perguntar se faz ou não sentido? Está se questionando ou está apenas respondendo as agressões a ti destiladas com o seu cérebro mais animal, o cérebro reptiliano, ou está analisando o cenário e raciocinando de fato como um humano deste século? Você está em constante busca pelo autoconhecimento ou já se entregou admitindo que tem problemas e vai conviver assim mesmo com eles, entrando e saindo de emprego, iniciando e terminando relacionamentos, colocando sempre a culpa no outro, seja no parceiro, no chefe, no presidente…
A liberdade de pensamento serve para encontrarmos soluções éticas, criativas, diferentes formas de busca por uma sociedade melhor e mais humanizada, e os filósofos existem pra trazer a luz a esses pensamentos que desafiam o “status quo”.
No entanto, quem é você José? Quem é você João? Quem é você Maria? Quem é você fulana, beltrana, o que você faz? Quais os seus questionamentos? Quais as suas dúvidas? Quais as suas certezas? Questione suas certezas, tente defender a ideia do outro em pensamento, busque o conflito de ideias, não de pessoas, evite a resposta imediata, pense antes e se possível, ore, medite.
Seja cético, não desacreditado. O cético duvida, busca informações, cria suas ideias. Seja grato, porém inconformado. O inconformado busca mais, quer mais, quer ir além, mas ainda assim é grato. Seja ousado, mas não seja radical. O radical é inflexível, é como um burro de viseira que só enxerga numa direção e perde todas as oportunidades que acontecem a sua volta.
Pense nisso, seja livre para pensar.
