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Séries que levamos a sério, sem entender a seriedade do que nos falta em série.

Séries que levamos a sério, sem entender a seriedade do que nos falta em série.

 

No nosso tempo, acontece uma coisa com o nosso cérebro que muitos ainda não entenderam. As pessoas que se expõem, sistematicamente ao consumo de redes sociais, estão sofrendo alterações cerebrais análogas, ou seja, semelhantes a adictos, viciados em drogas. Muitos dos nossos problemas cotidianos aparecem por conta dessa exposição maciça a internet. Os estudos que apontam este fato, foram feitos em cima de pessoas expostas a vídeo games. A autoestima abaixa, minto, despenca, por outro lado, aumentam a ansiedade e depressão. Neste tempo de pandemia, esta carga aumentou significativamente. A cognição também vem sofrendo uma perda considerável. Isso mesmo, a perda cognitiva tem sido considerável.

Pierre, mas qual a ligação do título com o texto?

As séries de Netflix por exemplo, em especial as que se encontram no topo, não agora, mas com uma certa frequência no tempo, utilizam de técnicas, que diferentes da que estávamos acostumados, onde assistíamos um filme com início, meio e fim, agora assistimos séries que nada mais são que filmes curtos, como novelinhas que ficamos ansiosos pela parte seguinte, pelo próximo capítulo, no videogame pela próxima fase, nos “realities” o que está acontecendo na “casa” hoje e o que acontecerá amanhã.

Muitos leitores estão perdendo a capacidade de ler, perdem a paciência, o prazer pela leitura tornou-se uma tortura; entendam, a estrutura do cérebro passa a mudar devido a exposição a telas, que faz com que fiquemos ansiosos pelo próximo post, pelo próximo movimento, pela próxima imagem, pelo próximo capítulo, pela próxima fase, o nosso sistema límbico de recompensa, como ir almoçar e pensar em algo gostoso e se engajar naquele processo, comer em paz pra se restaurar, isso é uma recompensa. A realidade tem uma cor, um sabor, uma quantidade de dopamina que eu libero que me dão prazer. Quando passamos a nos expor às imagens da internet, vícios de esperar pelo próximo capítulo, pela próxima imagem, pelo próximo vídeo, vícios por jogos e pornografias… existe uma carga de dopamina liberada, muito maior do que a realidade tem a nos oferecer. A realidade fica sem graça por assim dizer. O nascimento do filho, um beijo na esposa, a compra de um bem, um olhar pro próximo, tudo fica mais sem graça e automaticamente vão perdendo a cor, vão perdendo o brilho, e você vai ficando mais frio, mais insensível, justamente pelo contraste do mundo virtual versus o mundo real.

Uma série das ansiedades e depressões que estamos assistindo hoje, aparecem em decorrência desse relacionamento desordenado com a tela, com a internet.

Imagine então uma pessoa real, imersa no mundo virtual, ela fica buscando uma vida virtual dentro da vida real, porque a vida real vai ficando chata. Eu sempre fico esperando mais da vida real do que ela pode me dar. Um livro fica sem graça, uma viagem fica sem graça, um passeio em família fica sem graça…

Munidos desse conhecimento, o que precisamos fazer então Pierre?

Precisamos tratar a terra, arar, para receber melhor a semente. Sua terra não está boa, ela sofre com os “agrotóxicos” que foram colocados nela. Então, precisamos recuperá-la.

Pra começar, faça o seguinte exercício:

Conte quanto tempo você aguenta ficar sem seu celular, sem internet, sem séries. Antes que me diga qualquer coisa, já te digo de antemão que todo grupo de “whatsapp” é dispensável e não existe nada sério e urgente.

Vivemos tempos que as pessoas estão com mais medo de morrer do que preocupados em viver. Viver uma vida no presente, logo torna-se indispensável que você acorde e fique sem mexer no celular ou abrir o computador, veja por quanto tempo você aguenta.

Muito provavelmente você já tem uma mudança cerebral, mas precisa entender que existe um sopro do amor da vida real, batendo o seu rosto e pode ser que você esteja insensível pra receber. Esse exercício tem o objetivo de tornar você sensível novamente a coisas simples da vida real.

Uma grande parte dos casais já perdeu a noção sobre o que é o amor da vida real e o que são os contos de fadas; o que é fazer amor na vida real e o que é pornografia.

Diante disso, precisamos reposicionar a nossa cabeça, parar de reclamar e falar da humanidade e nos tornarmos protagonistas desta história, deste novo momento. Precisamos nos tornar naquele que age e não no que reclama.

Tire tempos de silêncio diário, fazendo 10 minutos de silêncio a noite, ficar sozinho consigo mesmo, nada de música, nada de nada, apenas você mesmo. Você precisa suportar a sua presença. Entenda que isso não é um concurso pra saber quem consegue e quem não consegue. Preciso que você faça.

Dica: Pela manhã, ouça uma oração no Reflexões Bíblicas no YOUTUBE, ou leia um trecho de um livro que te eleva a alma, por dois minutos e passe oito minutos refletindo a respeito.

Você vai perceber que as coisas da vida real irão ganhando um novo brilho, e a vida voltará a fazer sentido. Faça isso por 10 dias e se sentir que foi bom, continue para que se torne um estilo de vida.

Pense nisso! Faça hoje.

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