Qual o sentido da vida?
Pensem numa pergunta que ronda a nossa vida desde… deixa pra lá. Na vida de alguns, esta pergunta ronda desde muito cedo, para outros, demora um pouco mais. O fato é que o ser humano é o único ser, a pensar sobre isso. Uma mangueira não se pergunta qual o sentido de sua vida, ela simplesmente dá mangas, uma sombra bem gostosa e através de suas sementes, permite que outras mangueiras possam crescer e oferecer o mesmo a humanidade. Um elefante também não se faz esse tipo de pergunta, ele simplesmente…”elefanteia”. Já, o ser-humano questiona-se desde sempre. Qual o sentido da vida?
“O ESSENCIAL não é a duração da vida, e sim a plenitude de sentido. Uma vida curta pode ser bastante significativa, e uma longa, permanecer destituída de sentido. Mas ainda: se não houvesse a morte, a vida infindável não teria sentido. Pois então o homem estaria sempre adiando tudo, não seria necessário fazer hoje o que se poderia deixar para amanhã. Não haveria nenhuma obrigação, nem a menor responsabilidade. Nada o impulsionaria a aproveitar o momento para realizar valores e preencher o sentido da vida”. Viktor Frankl
A frase acima, de Viktor Frankl, imprime um ponto imprescindível ao nosso entendimento: Qualidade de Tempo.
A transitoriedade da vida favorece o despertar da consciência humana. Faz-nos buscar o sentido presente em cada situação, na unicidade e irrepetibilidade da vida!
O valor da transitoriedade é o valor da escassez no tempo, fato que nos impulsiona ao despertar, ao agir, ao realizar, ao alcançar dos nossos sonhos.
O tempo não existe, só existe o passar do tempo, já dizia Millôr Fernandes; o tempo passa e muitas vezes nem vemos, a vida real passa e ficamos cada vez mais presentes na vida virtual, pois não realizamos nada interessante na vida real e a virtual parece-nos cada vez melhor, cada vez mais cheia de sentido, porém vazia e fácil, e essa passa ser a nossa fuga, até que chegará o dia que seremos questionados sobre o que realizamos, seremos questionados sobre qual o sentido da vida então? E como resposta, teremos um silêncio ensurdecedor.
Diante dos meus 47 anos, descobri que o grande sentido da vida é servir. Logo, cada um serve como pode. Cada um entende servir como pode. O importante é que sirvam, pois quem não serve, de fato não serve.
Então sirva o tempo todo, e pra fechar: “Nunca deixe de fazer algo de bom que o seu coração pede… o tempo pode passar e a oportunidade também… não esqueça que: Meta, a gente busca. Caminho, a gente acha. Desafio, a gente topa. Vida, a gente enfrenta. Saudade, a gente mata. Sonho, a gente realiza”. Clarice Lispector
Sirva o tempo todo! Pense nisso!