“Nós só vivemos uma vez Snoopy. Errado! Só morremos uma vez, todos os outros dias nós vivemos”.
Este foi um diálogo entre Snoopy e Charlie Brown, bastante conhecido.
Na bíblia, em Mateus capítulo 6:19-21 diz: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”.
Então vamos lá, se você faz uma oração pra alguém, se você dá um sorriso pra alguém, se você faz um bem pra alguém, você está vivendo e adquirindo bens espirituais, não materiais. No nosso dia a dia, adquirir bens espirituais são mais fáceis de serem permanentemente adquiridos, além de duráveis, pois ferrugem nenhuma irá deteriorá-lo e ladrão nenhum irá roubá-lo. Entregar uma cesta básica para alguém necessitado, comprar a caixa de doces do rapaz no semáforo, ouvir o desabafo de alguém com atenção e sem julgamento, são todos bens espirituais, são todos alimentos pra alma.
Sabe, muitas coisas que hoje damos valor, como o carro, a casa, roupas e até mesmo a nossa aparência física, são importantes, mas vão se acabar. Tudo isso, irá se perder quando morrermos, menos os bens espirituais, esse permanece. O que você fez para uma pessoa na rua, sua paciência em ouvi-lo, uma ajuda material de coração, são atos que não se decompõem. Fazer a diferença na vida das pessoas, se doar, é o que vale a pena de fato. Tudo aquilo que entregou com amor verdadeiro fica, o resto já é escória.
A nossa luta aqui é justamente para não ficarmos com o nosso coração na escória. Pessoas que acumularam durante a vida toda bens materiais, amam coisas e usam pessoas, amam tudo aquilo que se transformará em escória, logo, amam o bolor, a ferrugem, o escombro, as traças. Não que seja ruim acumular dinheiro, desde que você saiba quem é o dono de quem. Aquele que acumula bens espirituais vive em paz e morre em paz, aquele que acumula bens materiais, vive com medo de morrer.
Quando o nosso coração está voltado para o essencial, para o que realmente importa, o medo não impera e a vida é vivida todos os dias.
Certa vez, um amigo me contou que foi a igreja e durante a pregação o pastor disse: Imaginem que aqui neste palco está sendo velado o seu corpo, o seu funeral e neste telão, (visível a todos que estavam na igreja) está sendo transmitido o filme da sua vida. Seus filhos estão assistindo ao filme da sua vida, sua esposa, seu esposo, estão assistindo ao filme da sua vida. Tudo aquilo que você nunca contou para ninguém, todos os seus segredos sendo revelados, todas as conversas particulares. Eles sentirão orgulho, alegria, tristeza, raiva, nojo, qual sentimento a história da sua vida causa nos seus pais, nos seus filhos, no seu cônjuge?
Essa imagem mudou a vida do meu amigo. Ele vivia uma vida muito desregrada e o que acumulava não eram bens, mas males espirituais, se é que você me entende.
Este é um pensamento simples e que nos faz pensar que a nossa vida tem uma história e merece ser passada com honra. A honrar pai e mãe. Que devemos não só prover nossa família materialmente, não apenas proporcionar uma qualidade de vida boa, mas deixar de fato um legado, deixar valores, deixar princípios caros a uma sociedade tão carente deles.
Pense nisso, viva em paz!