O importante é ser feliz! Será?
Este imperativo gera vários sintomas, até porque, a felicidade é individual, não acha?
No dicionário, felicidade significa: qualidade ou estado de feliz; estado de uma consciência plenamente satisfeita; satisfação, contentamento, bem-estar.
Não existe consenso sobre o que é felicidade, mas a felicidade, nos dias de hoje, acaba sendo uma causa dramática da infelicidade.
Diante disso, os livros de autoajuda, deveriam ser escritos de forma individual, pois as 10 maneiras que um encontrou para ser feliz, dificilmente satisfarão o outro; seria simples demais.
A busca desenfreada pela felicidade é extremamente debatida pela filosofia e pelas religiões há anos.
A felicidade para Sócrates é a obtenção do maior prazer possível e disponível ao ser humano; este agiria de forma a obter o máximo prazer.
A felicidade para Platão consistia em praticar o bem baseado na ética, isto é, na utilização de princípios que causassem ações de efeitos positivos; a felicidade também era considerada o objetivo de todos os seres humanos.
Para Aristóteles, a felicidade é o maior desejo dos seres humanos, mas ao mesmo tempo, Aristóteles não acreditava que este fosse o propósito, por isso a criação do termo Eudaimonia, que é mais bem traduzido como realização e o que difere a felicidade de realização é a dor; Aristóteles dizia: Cultive as boas virtudes e alcançará a felicidade. Dentro disso, felicidade passa a ser um estilo de vida.
Epicuro, que inclusive fundou a “Escola da felicidade”, afirmou que o equilíbrio e a temperança davam origem a felicidade.
Para Nietzsche, felicidade é força vital, espírito de luta contra todos os obstáculos que restrinjam a liberdade e a autoafirmação, então, ser feliz é ser capaz de provar desta força vital, através da superação de dificuldades e criando formas diferentes de viver;
Schopenhauer define a felicidade como a “satisfação sucessiva de todo o nosso querer”, e afirma que a tendência a ela coincide completamente com a nossa existência, cuja essência é a vontade de viver, mas é revelada pelo conhecimento como o nosso maior erro e ilusão. Com base nisso, Schopenhauer defende que o propósito da vida consiste na busca da felicidade, mas o “verdadeiro objetivo” é a infelicidade, que é imposta pelo “destino” e conduz à auto supressão da Vontade.
Pirro de Élis também acreditava que a felicidade acontecia através da tranquilidade.
Para o filósofo indiano Mahavira (grande herói), a não violência era um importante aliado para atingir a felicidade plena;
Para Lao Tsé, a felicidade poderia ser atingida, tendo como modelo a natureza.
Confúcio acreditava na felicidade se dava através da harmonia das relações entre as pessoas.
Outro dia, lendo um livro cristão, chamou-me bastante atenção o que o autor escreveu, dizendo que a arquitetura humana foi desenhada com um buraco no meio do peito.
Agora pense comigo: Você já sentiu como se tivesse um buraco no meio do seu peito? A resposta é sim, eu sei. A grande pergunta é: com o que você procura preencher esse buraco no meio do seu peito?
Alguns enchem com remédios, drogas lícitas, outros com drogas ilícitas, outros com álcool, outros com atividade física, outros praticando assistencialismo social, outros indo à igreja, outros lendo, vendo ou ouvindo mensagens edificantes, outros com o trabalho…Acontece que algumas tentativas que fazemos, só aumentam o tamanho do buraco, ou ao enchermos de entulho, criamos a falsa sensação de que o buraco não está mais lá, mas ele continua.
A busca pela felicidade não pode estar na comparação, não pode estar centrada em si, nem no ter. A busca pela felicidade não tem uma fórmula única, mas para mim, segue três níveis: SER, FAZER e TER. Quando você sabe quem você é (Ser), você não se compara, você não se abala diante as críticas positivas ou negativas; você faz (Fazer) por amor a Deus, você entende que fazendo pra Deus e servindo as pessoas com amor, você se sente preenchido e contribuindo para um mundo melhor, tomando atitudes que reforçam quem você é, agindo em honra de quem você sabe que precisa honrar; o resultado é Ter uma vida abundante, de mais significado, preenchida de verdade e com a verdade; não significando que não terá dor ou sofrimento, mas significando que terá mais sentido e mais felicidade.
Caso se sinta a vontade, compartilhe conosco o que te faz feliz.
Lindo texto!!!!
Obrigado Karla!!!