Lideranças antigas em empresas novas, é como dirigir fiat 147 em tempos de Tesla. Existe? Opa! E como existe, e mais cedo ou mais tarde…vai quebrar.
Adoro o conceito de “lifelong learning”, que é o conceito de aprender durante toda a vida e mais que isso, o “reskilling”, que traduzindo temos algo como requalificação, tornar apto a desenvolver novas habilidades, talvez esse seja o mais difícil; ou seja, aprender, desaprender, reaprender, largar a mochila pesada e abandonar hábitos antigos, ressignificar, …não é fácil.
Esses dias estava me lembrando da minha mãe sem paciência com o vídeo cassete, porque queria gravar a novela e não sabia como fazer; me entregou o controle e disse: cansei, não tenho mais idade pra isso, faz aí pra mim. Detalhe, minha mãe faleceu com 51 anos, nasceu no estado do Rio de Janeiro e viveu boa parte da vida em Brasília-DF. Hoje, não podemos nos dar ao luxo de simplesmente desistirmos de aprender algo novo e temos a obrigação de abandonarmos a mochila pesada do passado.
O fato é que muitos líderes, ou chefes, ou gestores, ainda continuam com o pensamento de que chegaram até onde chegaram, porque sempre trabalharam daquela forma; acontece que o que os levou até onde chegaram não é o que os levará até onde querem ir, e pior, arrastam vagões junto, porque não estão sozinhos, existe a responsabilidade e integridade de conduzir times; entendam: conduzir é diferente de controlar, controlar limita o movimento, já a condução aponta a direção. Eles entendem que o mundo mudou, mas se negam a mudar. Fazem cursos oferecidos pelas empresas, cobram atitude e mentalidades diferentes dos seus liderados, pedem para que coloquem em prática os cursos oferecidos, bradam belos discursos, mas eles mesmos não mudam e a dissonância é nítida, porque os liderados caminham, mas a liderança não acompanha, o liderado muda, mas a liderança continua no mesmo lugar de PCC (Planejamento rígido, Comando de faça e siga, não discuta, você é pago pra fazer e não pra pensar e Controle rígido da vida profissional e até pessoal nas redes sociais.
Isso me fez lembrar de um chefe, que solicitava para todos os liderados a permissão de segui-los nas redes sociais. Pra quê? Quem vai negar? Então, todos os finais de semana ele expunha sua vida social, revelando o bar recheado que tinha em casa, os coquetéis, whisky, sua bebedeira… Se um de seus funcionários aparecesse dando aula, fazendo um curso, escrevendo um livro, isso o deixava com a orelha em pé. Qual o objetivo deste funcionário? Como conseguiu tempo pra isso? Paradoxal! Parece ser bonito se expor da forma como se expunha, mas um profissional estudando é perigoso. Com cachaça ou com livros. Qual a imagem mais digna?
Líderes dão a direção e possuem seguidores; líderes inspiram, líderes não impõem, despertam nos outros a vontade de fazer, líderes estão abertos a inovação, líderes transmitem confiança.
Líderes PCC (Planejamento, Comando e Controle), transformam qualquer revolução digital em revolução analógica e fazem as empresas crescerem feito rabo de cavalo…pra baixo.
Realmente, alguns gestores prefere colaboradores que só obedecem e não os que são críticos.
Mas todo excesso esconde uma falta e no caso dos gestores no texto do Sr Marcos Pierre , a falta é de confiança em neles mesmos .
Sensacional!!!!
Esses líderes estão adoecendo seus liderados!!!!
Excelente artigo, parceiro! Me identifiquei muito com estas situações que você mencionou e
Perfeito!! Já estamos em transição e muitas destas lideranças estão sendo revistas nas Companhias. Como tudo na vida, quem não se adaptar será deixado pelo caminho.