Quando estamos cansados, descansamos, quando estamos estressados, precisamos mudar o rumo. Quando trabalhamos em algo pelo qual somos verdadeiramente apaixonados, podemos nos cansar, mas raramente nos estressar.
Uma pergunta que nos ronda dia após dia é “Qual o seu propósito”? O que te faz trabalhar por horas, sem ver ou sentir o tempo passar?
Durante 22 anos trabalhei na indústria Farmacêutica, e sempre que via alguém sendo demitido, percebia essa pessoa perdida e todos os colegas extremamente comovidos dizendo que em breve iria voltar. As pessoas acreditam que o propósito delas está no trabalho e isso é muito perigoso se você não entende como isso funciona. Se você entende que o seu trabalho é servir, esteja onde estiver, você está certo; se você entende que perder o emprego não é o mesmo que perder a capacidade de trabalhar, você está certo; se você entende que é através do seu trabalho que você faz a sua obra, você está certo. Agora, se você pensa que só existe aquele trabalho, só existe aquela vida, que aquilo é tudo o que você tem, quando você perde, o seu mundo perde o sentido, porque aquilo era tudo. Por que tantas pessoas morrem poucos anos após se aposentarem? Por que tantas pessoas se matam após serem demitidas? Não é somente pela idade, é pela tristeza, porque se o propósito dela estava em fazer o que ela fazia, quando se aposenta, morre o sentido, morre a carne. Colocar toda a sua energia numa só coisa, não é a coisa mais inteligente a se fazer. É claro, que em um ou outro momento você irá precisar fazer isso, mas deixar que isso vire a coisa mais importante da sua vida…
Existe um método de auto avaliação chamado “Roda da Vida”, no qual você analisa como está em cada ponto da sua vida e pode, de forma bem simples, saber se está ou não canalizando sua energia numa só direção. Pierre, mas não é importante eu colocar meu foco? Se durante toda a sua vida você colocar seu foco no trabalho, por exemplo, o que, ou quem, você estará sacrificando? Na vida, buscamos equilíbrio e a Roda da Vida pode nos ajudar muito nisso.
O mais interessante nisso tudo, é que 9 em cada 10 profissionais estão infelizes no trabalho, e a insatisfação primária está com o líder, em segundo lugar na falta de comprometimento dos setores de suporte e em terceiro lugar a inflexibilidade com o horário de trabalho.
No século 18, uma doença conhecida como “febre puerperal” ou “morte negra do parto”, se espalhou por toda a Europa. Acontecia que as mulheres davam à luz e dentro de 48 horas após, elas morriam.
Esta morte puerperal, foi piorando ao longo do século e os doutores da ciência, queriam estudar e tentar encontrar a razão para essa morte negra do parto. O fato é que, os médicos realizavam autópsias pela manhã e à tarde faziam o parto; então, em meados de 1815, o médico Oliver Wendell Holmes, percebeu que todos esses médicos estavam realizando autópsias pela manhã e não lavavam as mãos antes de dar à luz à tarde e apontou os colegas médicos, como o problema, mas fora ignorado e chamado de louco por quase 30 anos, até que finalmente, alguém percebeu que se eles simplesmente lavassem as mãos e seus equipamentos, não haveria contaminação, então, a partir daí, os instrumentos médicos passaram a ser esterilizados, as mãos limpas, e a doença desapareceu. Hoje parece óbvio, mas nem sempre foi assim.
Qual a lição que tiramos daqui? VOCÊ pode ser O PROBLEMA, mas fica procurando culpados a sua volta. A melhor coisa é assumir suas responsabilidades, afinal, seremos lembrados pelos problemas que causamos e pelos problemas que resolvemos, então, seja você o que assume e resolve.
Voltando para o ponto principal aqui, você precisa saber o que te motiva e quem te inspira. E é isso.
Eu gosto muito da frase: “Trabalhe, sirva, seja forte e não encha o saco”.
Pense nisso!