Em um vídeo que circula nas redes sociais, a ativista Sara Winter (foto em destaque), que lidera o grupo de extrema direita 300 do Brasil e foi presa pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (15/06), aparece xingando policiais militares do Distrito Federal, durante ação do GDF para desmontar o acampamento do grupo, na Esplanada dos Ministérios.
Líder do movimento 300 do Brasil, Sara Winter ganhou destaque nas últimas semanas por causa dos protestos em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e voltou ao noticiário nesta segunda-feira (15/06), após ser presa pela Polícia Federal (PF). Jovem, que hoje é conhecida como uma das maiores lideranças da extrema direita, já atuou por causas feministas. Ex-líder do Femen, classificado como o grupo mais radical do mundo na defesa do feminismo, ela se dedica atualmente a defender as causas pró-vida e pró-família e “luta contra o aborto, a ideologia de gênero, as drogas, a doutrinação marxista, a jogatina e a prostituição”.
Em 2014, Sara Winter passou por uma mudança radical e começou a se posicionar contra as pautas que defendia no movimento feminista.
No site oficial de Sara Winter, ela se define como uma palestrante e escritora que “militava contra o cristianismo, em favor da homossexualidade e do aborto”. Após sofrer um aborto, contudo, “se converteu ao cristianismo e escreveu seu primeiro livro, no qual narra os bastidores e os fatos pouco conhecidos do feminismo no Brasil”.
No vídeo enviado à produção do programa da TV Globo, a ativista disse que sua luta “é contra o machismo em geral.
Os manifestantes chegaram a subir na parte externa do monumento, onde ficam gôndolas próximas às cúpulas do Parlamento.
Também na noite desse sábado, os integrantes do movimento lançaram fogos de artifício no Supremo Tribunal Federal (STF) e ofenderam e ameaçaram os ministros da Corte, dizendo que o ato era “para mostrar para eles [ministros] e pro GDF [Governo do Distrito Federal] que se preparem”. Ofensiva contra o governador Ibaneis Rocha (MDB) veio depois de ele decretar o fechamento da Esplanada e retirar um acampamento no local, atendendo a pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Após fazer viagens internacionais pelo grupo feminista Femen, Sara disse que se arrependeu dos atos e passou a formar uma agremiação conservadora.
O 300 do Brasil ficou baseado em uma área de difícil acesso, cercada por morros e mata no Distrito Federal.
Situada no núcleo rural Rajadinha, entre as regiões administrativas do Paranoá e Planaltina, a propriedade foi escolhida por cumprir seu maior objetivo: dificultar a aproximação de estranhos e evitar olhares curiosos.
Investigações Sara Winter é uma das investigadas na Operação Fake News, no inquérito instaurado pelo STF e que apura ameaças feitas a ministros da Corte.
Os agentes da PF cumprem outras cinco ordens de prisão nesta segunda-feira (15/06) contra lideranças do movimento.
Alvo do inquérito das fake news que corre na Corte, Sara ameaçou o relator da ação quando um mandado de busca foi cumprido, no fim de maio, em sua casa. Na ocasião, os advogados de Sara afirmaram que ela agiu no “calor da emoção” e, por isso, acabou extrapolando pelas redes sociais.