Dança e várias atividades dinâmicas fazem parte da rotina que as participantes do programa Viver 60+, da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), seguem para manter a saúde e a amizade entre si. As práticas ocorrem em Ceilândia, Taguatinga, Samambaia e Santa Maria de segunda a sexta-feira, proporcionando qualidade de vida e atenção a quem mais precisa.

Exercendo diferentes atividades, grupos envolvidos no projeto da Sejus-DF se reúnem e reforçam o compromisso com a qualidade de vida | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília
O projeto, criado em 2020 e conduzido pela Subsecretaria de Políticas para Idosos (Subidoso) da Sejus, também oferece fisioterapia para a população idosa em parceria com centros universitários e escolas técnicas.
Atividades
Logo cedo, às quartas-feiras, um grupo que já se tornou de amigas inicia o dia praticando ginástica funcional no Centro Pastoral da Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Taguatinga, onde são desenvolvidas atividades que promovem o bem-estar e a convivência entre as pessoas idosas.
Marlene Guariento: “A gente se movimenta e fortalece a união e a comunicação com as pessoas. Me sinto acolhida, estou mais ágil e animada”
Com 92 anos e dançando as músicas da época de que gosta nas aulas coletivas, a aposentada Marlene Guariento participa do projeto desde o início e afirma: “Para mim, faz muito bem. A gente se movimenta e fortalece a união e a comunicação com as pessoas. Me sinto acolhida, estou mais ágil e animada. Ficar parada não acrescenta em nada. A gente fica à vontade e tem a possibilidade de fazer ginástica. O projeto é maravilhoso e acessível para quem não tem dinheiro”.
A aposentada Elza Ramos também frequenta o grupo: “A gente se anima, porque o pessoal da turma é muito entrosado”
“Criamos essa ação com a missão de protegê-los e oferecer dignidade, e ver que, após três meses, todos saíram saudáveis, física e emocionalmente fortalecidos, sem nenhum caso de contaminação, é uma conquista imensa”
Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania
Para a aposentada Elza Ramos, 74, o programa faz toda a diferença na disposição e na autoestima. “Quando a gente chega a uma certa idade, depois de ter focado tanto filhos, netos, casa e tudo isso, precisa de uma coisa para renascer”, avalia. “Fiquei mais animada depois do projeto, acho que eu penso mais em mim. E a gente se anima, porque o pessoal da turma é muito entrosado”.
Projetos que salvam
“Criamos essa ação com a missão de protegê-los e oferecer dignidade, e ver que, após três meses, todos saíram saudáveis, física e emocionalmente fortalecidos, sem nenhum caso de contaminação, é uma conquista imensa”, lembra a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Eles não apenas encontraram um abrigo seguro, mas também carinho, cuidado e a orientação necessária para enfrentar essa nova realidade.”
A experiência no Viver 60+ é mais uma vivência positiva na vida da aposentada Sônia Maria dos Santos, 68. Ela foi integrante de outro projeto desenvolvido pela Sejus-DF: o Hotelaria Solidária, por meio do qual recebeu hospedagem temporária junto a outras pessoas idosas em situação de risco durante a pandemia da covid-19, tendo um ambiente seguro com todo o suporte necessário para a saúde física e emocional.
Sônia dos Santos: “Eu me sinto feliz de estar viva e continuar gostando da vida, exatamente por participar de programas só para idosos”
Sônia mantém amizades com outras pessoas que frequentaram projetos promovidos pela secretaria. “Eu me sinto feliz de estar viva e continuar gostando da vida, exatamente por participar de programas só para idosos”, afirma. “É uma salvação! Sinto como se eu tivesse sido adotada pela equipe da Sejus, e adotei eles de volta. Aqui não existe classe social, mas mulheres idosas que querem melhorar a sua condição física e qualidade de vida. Você chega hipertensa, com diabetes ou com dor e começa a sentir a diferença após a participação”.
A psicóloga Ingrid Sara, que acompanha os projetos da pasta, reforça a importância das atividades de lazer e entretenimento para garantir sua saúde emocional e física da terceira idade.
“No processo de envelhecimento, muitos idosos acham que perdem a função, o que não é verdade; então resgatamos a importância deles nos processos sociais de aprendizado, e, a partir disso, eles se sentem mais autônomos e pertencentes, sabendo que tem uma pasta que cuida deles”, explica. “Isso resulta em um desafogamento de filas de espera dos atendimentos em saúde, porque o movimento e o autocuidado previnem diversas doenças.”
Inscrições
O Viver 60+ oferece aulas de zumba em outras cidades que também possuem equipamentos de ginástica. Com essas atividades, o programa está presente em Água Quente, Asa Sul, Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho, Riacho Fundo II, Taguatinga e Estrutural, com alguns locais atendendo em múltiplos núcleos. As aulas são ministradas por professores contratados pela Sejus-DF.
O programa se expandirá para seis novos polos com outras atividades, em parceria com o Instituto Latino-Americano de Educação para a Segurança (Ilaes), abrangendo São Sebastião, Ceilândia, Samambaia, Plano Piloto, Recanto das Emas e Itapoã. As inscrições para o Viver 60+ podem ser feitas online, pelo site da Sejus-DF ou presencialmente, nos núcleos do programa, facilitando o acesso e promovendo a inclusão e o bem-estar da população idosa.