Modelos de programas de saúde sustentáveis?
Seja do lado da ciência, que precisa caminhar dia após dia para encontrar novas soluções para os problemas, seja pela perspectiva econômica, que busca de maneira urgente uma maneira mais sustentável de financiar o acesso aos tratamentos.
Todo esse cenário significa que os desafios e oportunidades abertas são crescentes e para aproveitá-las é preciso lançar um olhar para aqueles que estão adotando boas práticas.
Quando fazemos uma análise da saúde no mundo, é possível perceber que independente de formato, os países estão migrando de um modelo baseado em volume de serviços para um que se baseia no valor trazido pelos serviços.
Singapura, por exemplo, investe cerca de 4% do seu PIB em saúde e consegue manter o gasto do setor sob controle em função de dois fatores principais.
O primeiro é a sua regulação forte da gestão da saúde e o segundo é uma poupança privada, em que até 9% do salário dos moradores é recolhido para consumo médico.
O panorama é que 99% dos holandeses têm um médico de família, que resolve 96% dos problemas e o empoderamento do paciente é real, já que 300 associações de pacientes funcionam no país.
Já a Inglaterra, seguindo uma das tendências de saúde no mundo, tem a gestão da saúde como algo universal e igualitário, com atuação preventiva e curativa.
Os custos dos planos são divididos igualmente entre o empregador e empregado e, em geral, o cidadão pode escolher livremente os médicos e os hospitais que procura.
Desde 1996, o Parlamento decide sobre o montante de verbas a ser destinado às seguradoras públicas de saúde, às quais estão ligados mais de 60% dos franceses.
O restante da população possui planos de saúde especiais, com diferentes tabelas de custos e coberturas e há liberdade total de escolha para o paciente.
A maior parte dessa conta fica para as empresas, visto que a modalidade mais contratada é a coletiva empresarial adotada por mais de 31 milhões dos usuários do sistema.
Ao olhar para tudo isso de maneira integrada, é possível perceber a responsabilidade que as companhias têm na mão: se elas cortarem o benefício, a rede pública possivelmente não consegue absorver a demanda, mas, na mesma medida, se os custos não regredirem dificilmente seus programas de saúde serão sustentáveis.
Fica ai uma boa reflexão para pessoas envolvidas com saúde, sabendo que ainda não conseguiram criar nenhuma uma fórmula melhor que a “Prevenção”!