A IGNORÂNCIA NÃO É BÊNÇÃO, É MALDIÇÃO

A IGNORÂNCIA NÃO É BÊNÇÃO, É MALDIÇÃO.

Tudo o que essa geração quer é um diploma, conquistar um cargo de diretor e posar de inteligente e bem-sucedido nas redes sociais. Nenhum problema se essa mesma geração não acreditasse que fosse possível atingir isso sem pensar, sem refletir sobre o que realmente faz, sem passar pelo processo, elegendo sempre a lei do mínimo esforço e simplesmente vivendo no automático.

É como se glamourizassem a ignorância, a superficialidade, como se o conhecimento fosse apenas para passar na prova de um concurso, mas jamais para resolver um problema no qual fora chamado para resolver, ou mesmo dedicar atenção às pessoas para entendê-las, resolver aspectos familiares, de relacionamento e até religiosos.

Esse mesmo orgulho que se tem em não conhecer, os torna incapazes de amar, afinal, não se ama o que não se conhece, e por isso é tão importante buscar conhecer. Sem o desejo de conhecer, sua vida continuará a ser uma repetição mecânica de costumes e manias adquiridos no decorrer dos anos.

E como deixar a corrida dos ratos? Como abandonar o medo e a frieza? Frieza? Isso mesmo, a cada ação realizada de modo automático, seu coração esfria um pouco mais. Viver no automático é viver de modo irrefletido e viver assim é viver sem intensidade e com frieza.

Viver no automático é apenas uma forma que o seu cérebro entende ser mais fácil viver, porque assim economiza energia, mas desta forma você esfria o coração, ou melhor, congela o coração e morre com o coração congelado, porque a vida passa a não ter emoção. Enquanto o cérebro quer armazenar energia evitando pensar, você precisa lutar contra seu cérebro preguiçoso, porque definitivamente esta não é a melhor forma de se viver e nem a mais fácil, acredite.

Entenda que para alguns atos você vai continuar no automático, não tem jeito, só não deixe de assumir que você é o agente e, portanto, deve ter um olhar humano para as coisas.

Ao caminhar na ignorância, você sente o medo típico de quem caminha no escuro. É quase matemático e a conta é a seguinte: ignorância gera medo e medo gera ansiedade e depressão; por outro lado, conhecimento gera fé e a fé gera uma coragem de realizar coisas, de se inconformar com a estagnação. Então, ao sentir medo, você precisa se abrir para a realidade, buscar o aquecimento ao invés da frieza, sair da mecanicidade, do automatismo e tornar-se um ser pensante que é, você não é um autômato.

“Ah Pierre, mas é tão gostoso estar na zona de conforto e fazer as coisas no automático”. Parece que é, mas você sabe que não é, não se engane; então, para virar esse jogo é necessário saber que você é o agente da sua própria vida e que deverá tomar decisões para muda-la e torna-la mais interessante e vibrante, então, escolha um filme  interessante que te faça refletir, leia um livro e reflita a respeito, busque pessoas que olham para o outro como humanos, pessoas que buscam servir o próximo, que participam de campanhas e que tenham uma causa pela qual lutam, procure, em cima disso, ser útil aos que te rodeiam, ao seu cônjuge, filho, pais, vizinhos, atendendo suas perspectivas e necessidades, afim de conseguir resolvê-las, busque coisas novas a fazer, faça um ranking de prioridades na sua vida e aja. Não precisa ser radical em nada, o importante é agir hoje. Dizer que vai passar o dia lendo, só irá te frustrar, e não te ajudará em nada, diga que irá ler por dez minutos primeiro, depois vá aumentando aos poucos, sem radicalismo, contando que extraia o máximo da leitura.

O dia a dia nos coloca numa rotina e esta passa a ser realizada de forma automática, sem prazer, de tal forma que a mudança passa ser uma tortura, você não quer saber de novidades. Eu vivi assim durante bons anos da minha vida, comemorando a sexta-feira com happy-hour e me deprimindo no domingo após o almoço em família, sofrendo por antecipação a segunda-feira.

A vida assim é sem graça e estúpida, porque ao invés de viver, você torce pro tempo passar mais rápido, porque a alegria está na sexta-feira. É como se o prazer fosse chegar no topo da montanha e não na conquista dos desafios a nós colocados no caminho da escalada.

Você é livre para pensar, então use desta liberdade.

Pense nisso e viva o agora!

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